Twitter

quinta-feira, julho 19

TRAGÉDIA EM CONGONHAS

Neste momento de dor, minhas condolências aos familiares e amigos das vitimas. Infelizmente algumas pessoas não respeitam essa dor e estão fazendo política em cima deste caso.
As causas da tragédia em Congonhas só serão melhor esclarecidas após a investigação do conteúdo da caixa-preta do avião da TAM. Até aqui, reinam as especulações, as hipóteses e as tentativas de exploração política da tragédia. Enquanto a Oposição e a mídia, - até o editor do Jornal da nossa cidade (que ninguém sabe o R.P. de jornalista), mas que sabemos qual seu lado-, já acharam o culpado do acidente aéreo (Governo Federal). Os técnicos estão investigando o caso e surgiram fatos novos. Os peritos detectaram "fumaça forte" no motor esquerdo do Airbus-A320 da TAM no filme feito durante sua tentativa fracassada de pouso na pista do aeroporto de Congonhas, informa nesta quinta-feira reportagem de Eliane Cantanhêde, colunista da Folha (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL). A Folha informa que, segundo o brigadeiro, a fumaça introduz um elemento novo no início das investigações: a possibilidade de falha mecânica no equipamento. A fumaça, de acordo com a reportagem, pode indicar que os motores estavam funcionando em sentidos opostos, um impulsionando para frente e outro freando, o que explicaria, por exemplo, por que o piloto não conseguiu parar o avião, que continuou em velocidade bem alta depois de tocar o solo e girou para a esquerda ao final da pista, em vez de seguir reto. As críticas às condições operacionais de Congonhas são antigas. Em fevereiro deste ano, um juiz tentou proibir que o aeroporto recebesse aviões grandes por falta de segurança. A decisão foi derrubada por um tribunal superior, sob o argumento que a medida era drástica demais e teria um efeito econômico negativo. Quanto aos custos humanos, estes são incalculáveis. A dor daqueles que perderam parentes, amigos e amigas não têm preço. Os procuradores da República, Márcio Schusterschitz e Fernanda Taubemblatt, protocolaram nesta quarta-feira, na Justiça Federal, em São Paulo, uma ação civil pública pedindo o fechamento do aeroporto de Congonhas até que seja realizada uma investigação sobre as condições da pista. Em caso de fechamento, os vôos seriam transferidos para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e para Viracopos, em Campinas.