Este blog trata entre outras coisas da nossa política cotidiana,e, como qualquer outro veículo, tem posição política sobre os fatos que aborda.
sexta-feira, agosto 24
LULA LANÇA PROGRAMA NO RS NESTA SEXTA-FEIRA
RS É O ESTADO QUE MENOS INVESTE NA SAÚDE
Por Denise Ritter PTSUL
Charge:Blog do Kayser
BRASIL É O MELHOR EXEMPLO DA NOVA ESTABILIDADE DA AMÉRICA LATINA, DIZ ECONOMIST
IBGE: DESEMPREGO VOLTA A CAIR E FICA EM 9,5%, EM JULHO
Trata-se da segunda queda na taxa de desocupação do ano, com abertura significativa de postos de trabalho.
A renda média do trabalhador foi de 1.108,30, o que representou aumento de 2,5% ante julho de 2006 e queda de 1,2% frente a junho deste ano.
O IBGE apura dados em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o desemprego registra uma queda de 1,2 ponto percentual. O contingente total de desempregados foi de 2,2 milhões em julho.
A reação no mercado de trabalho foi ditada por Rio de Janeiro, em que o desemprego caiu 0,9 ponto percentual. Nas demais regiões foi registrada estabilidade estatística, segundo o IBGE.
Em julho, a taxa de desemprego foi de 7,8% em Belo Horizonte, 14,6% em Salvador, 12,6% em Recife, 8% no Rio, 7.4% em Porto Alegre e 10,2% em São Paulo.
quarta-feira, agosto 22
PETROBRAS PERTO DE 2 MILHÕES DE BARRIS
A produção de petróleo nacional vai alcançar a marca de 2 milhões de barris por dia até o final deste ano a partir dos poços da Petrobras. O diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, afirmou que quatro plataformas que entrarão em operação nos próximos meses vão produzir, juntas, 510 mil barris por dia de óleo - inclusive a P-54, entregue ontem pelos dirigentes e trabalhadores do estaleiro Mauá Jurong à diretoria da estatal. A plataforma seguirá para o campo de Roncador, na Bacia de Campos, dentro de três semanas.
EMATER
Bohn Gass divulga carta em que Yeda afirma que não faria demissões
O vice-líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Elvino Bohn Gass, revelou nesta terça-feira (21) a existência de uma carta assinada por Yeda Crusius, dirigida aos servidores da Emater, em que a então candidata tucana afirmava que os servidores não precisariam temer “listas de demissões”. O material foi elaborado durante o segundo turno da campanha ao Piratini e distribuído em todos os escritórios da Emater. Sete meses após assumir o governo, Yeda anunciou a demissão de cerca de 300 servidores da empresa. “Há uma profunda contradição entre o que a candidata Yeda prometeu e o que a governadora Yeda vem fazendo no Estado. A carta dirigida aos servidores da Emater é um exemplo cristalino do abismo entre o discurso de palanque e as ações efetivas de governo”, apontou Bonh Gass. As demissões de servidores, segundo o próprio governo, têm como objetivo adequar a Emater ao novo convênio firmado com o Estado. O acordo reduz os repasses dos atuais R$ 9 milhões para apenas R$ 7 milhões por ano. Na carta, no entanto, a então candidata ao governo gaúcho afirmava que iria garantir “o reforço do quadro de servidores, hoje defasado”. Yeda prometeu também recursos para a continuidade e ampliação das ações, uma relação de parceria permanente com os extensionistas e o aumento dos repasses do governo federal. Nada disso, no entanto, está acontecendo. O corte de servidores imposto pelo governo do Estado poderá inviabilizar a concretização de convênio com o governo federal no valor de R$ 5 milhões. “A contratação de técnicos é exigência para o acordo com a União. Mas a governadora está fazendo exatamente o contrário e, com isso, abrindo mão de recursos e, mais uma vez, contrariando seu discurso de campanha”, criticou o deputado.Na tribuna da Assembléia, o parlamentar acusou a governadora de usar a Emater como cobaia para o choque de gestão que pretende aplicar no Estado. “A bola da vez é a Emater. No entanto, a lógica que tem norteado o governo do Estado nos permite prever que outras estruturas, como a TVE, Procergs, Fundação Zoobotância e Fundação Liberato também estão na mira do novo jeito de governar”, alertou.
terça-feira, agosto 21
PAÍS CRIOU 1,2 MILHÃO DE EMPREGO NO 1º SEMESTRE
Na avaliação do ministro, a crise que afeta os principais mercados de capitais internacionais não deverá influir o desempenho da economia brasileira e nem o mercado de trabalho do país.
“Nós já estamos batendo um novo recorde na geração de novos postos de trabalho. São 1,222 milhão de novos empregos formais até o mês de julho, no mínimo. Este número poderá ser ainda maior porque ainda não fechamos julho. Isto significa que nós já atingimos o mesmo número de empregos gerados ao longo de 2006, que foi de cerca de 1,230 milhão a 1,240 milhão de empregos, segundo dados do Caged”, disse.
O ministro Carlos Lupi previu novo recorde na geração de empregos formais, embora tenha reduzido a previsão inicial. “Vamos bater o recorde de 2004 e gerar entre 1,55 milhão a 1,6 milhão. Este resultado fica acima do recorde obtido em 2004, quando foram gerados 1,523 milhão de novos postos de trabalho".
segunda-feira, agosto 20
PLEBESCITO DA VALE GANHA FORÇA NO RS
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domingo, agosto 19
A DANÇA DOS VAMPIROS
Ao desdenhar tão brutalmente o Piauí o presidente da Philips, Paulo Zottolo, cometeu um ato falho. Por isso mesmo suas palavras devem ser levadas a sério. E o preconceito que elas mostraram é da mesma natureza daquele contra o presidente Lula.No excelente filme de Roman Polanski, “A dança dos vampiros” (1967, com ele próprio e Sharon Tate), há uma cena em que os tão implacáveis quanto desajeitados caçadores dos dráculas contracenam com os próprios num baile. É uma cena inesquecível: alguns são mortos que dançam para parecer que estão vivos, outros são vivos que dançam para parecer que são mortos.A verdade vem à tona quando, inadvertidamente, os caçadores e Sharon Tate passam diante de um espelho. Os vampiros, como se sabe, não têm imagem no espelho. A verdadeira imagem denuncia as mútuas fraudes, e naturalmente os caçadores se vêem implacavelmente caçados, e por aí se vai a comédia macabra.A cena lembra o que aconteceu com as declarações do presidente da Philips, Paulo Zottolo, um dos animadores do movimento “Cansei”, desdenhando o estado do Piauí. É evidente que o sr. Zottolo cometeu um ato falho, isto é, um “ato involuntário”, no sentido de que não media então as conseqüências de seu gesto. Mas por isso mesmo deve ser levado a sério. Aquilo, por assim dizer, lhe saiu “pela boca afora”. Pode ser até que ele estivesse, como se diz juridicamente, “tomado de forte emoção”.Que emoção? A do seu movimento, sem dúvida, a das raízes profundas do movimento “Cansei”. E que são, na verdade verdadeira, toda a coleção de preconceitos contra o povo brasileiro, por parte das auto-proclamadas “elites”, ou “élites”, como se dizia antigamente num pseudo-francês grotesco e macarrônico. Elites? Elite, convenhamos, é José Mindlin, é Antonio Candido, é Machado de Assis, é Lima Barreto, é Milton Santos, Raimundo Faoro, é Carvalho Pinto para citar alguém do campo conservador. Quem se auto-proclama “élite”, assim como quem se auto-proclama “formador de opinião” não merece ser levado muito a sério não.O movimento “Cansei” tem na origem o entalhe do forte preconceito de que nossos problemas vêm de sermos obrigados a conviver com um “zé povinho” ou “zé povão”, sobretudo no que toca à escolha de governantes. Por extensão, é o mesmo preconceito que periodicamente se alevanta contra o presidente que, por duas vezes, esse “zé povinho” ou “zé povão” escolheu, em 2002 e 2006.Agora o preconceito contra o presidente, que bate sempre na tecla da sua “ignorância”, do seu “despreparo”, envereda pelas suas declarações de que a crise econômica nas bolsas do mundo inteiro não deva nos afetar tanto. Tal declaração, assim de bandeja, só pode ter raiz no fato de que o presidente “não sabe” ou “não quer saber das coisas”. E é evidente que as declarações sobre o preconceito mal conseguem disfarçar a expectativa vampiresca de que sim, algo dê errado, que a vida do povão despenque de novo no buraco de onde mal e mal começa a sair, para que então a popularidade do presidente caia também e o Palácio do Planalto volte a cair nos braços de quem espelhe a imagem dessa “élite”, ou, quem sabe, o seu vazio de imagem, já que nem como burguesa consegue se ver, preferindo, num ato falho histórico, se ver para sempre no alpendre da casa grande, a contemplar os cafèzais.De qualquer modo, pode-se dizer que a frase de Zottolo se transformou no epitáfio do “Cansei”.