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sexta-feira, agosto 24

LULA LANÇA PROGRAMA NO RS NESTA SEXTA-FEIRA

Nesta sexta-feira (24), o presidente Lula estará em Porto Alegre para fazer o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento do Saneamento para o Rio Grande do Sul. A cerimônia será realizada às 15h30, no Centro de Convenções da Fiergs.
Lula participará do ato de liberação de investimentos de mais de R$ 1bilhão. Também estarão presentes na cerimônia 20 prefeitos, representando os municípios com mais de 150 mil habitantes, que serão beneficiados com o programa. serão contempladas com o programa federaldas as Bacias dos Rios dos Sinos e Gravataí. Dos projetos apresentados no PAC Saneamento, 37 deles contemplam os municípios integrantes da bacia do rio Gravataí e 21 da bacia dos Sinos.

RS É O ESTADO QUE MENOS INVESTE NA SAÚDE

O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que menos investe em Saúde, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (21) pelo ministro José Gomes Temporão. O percentual aplicado pelo governo gaúcho no setor em 2006 corresponde a 4,99% do orçamento, muito aquém dos 12% determinados pela lei. O estado fica atrás de Minas Gerais (6, 87%), Paraíba (7,62%) e Alagoas (10,33%)A síntese do Plano Plurianual para o quadriênio 2008/2011 indica a intenção do governo Yeda de continuar descumprindo a Emenda Constitucional 29, em vigor desde 2003, e não destinar 12% da Receita Líquida de Impostos e Transferências à saúde da população. Para os dois últimos anos do período estão previstos investimentos de 7,5% da RLIT. Estas projeções, no entanto, são superestimadas em 2,5%, pois incluem os gastos com o IPE-Saúde, o que é vedado pela legislação.Além de descumprir a lei, o governo ignora as sentenças judiciais que definem a recomposição dos orçamentos passados e a reposição de mais de R$ 1 bilhão referentes aos anos de 2003, 2004 e 2005, prazo em que a EC 29 está vigorando e não sendo observada no Rio Grande do Sul. O ano de 2006 ainda está sendo analisado pelo poder judiciário.

Por Denise Ritter PTSUL

Charge:Blog do Kayser

BRASIL É O MELHOR EXEMPLO DA NOVA ESTABILIDADE DA AMÉRICA LATINA, DIZ ECONOMIST

A edição da revista britânica The Economist publicada nesta quinta-feira afirma que o Brasil é o "mais claro exemplo da recém descoberta estabilidade financeira da América Latina". (Matéria em inglês aqui) No artigo Um "dar de ombros" e não um arrepio, a revista diz que os investidores internacionais parecem compartilhar a "atitude radiante" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem descartado uma crise no Brasil em decorrência das turbulências nos mercados financeiros globais."Nos círculos financeiros, a América Latina tem tido por muito tempo uma reputação de continente 'subprime' (em referência às hipotecas americanas de alto risco), que periodicamente tem dificuldades para repagar o dinheiro emprestado a ele por credores irresponsáveis", afirma o artigo.O texto lembra que o Brasil foi afetado por crises globais em 2002, 1999 e 1998.'Animação macroeconômica'Agora, o cenário é diferente, afirma a revista, já que o Brasil atingiu a meta semestral de superávit orçamentário, antes do pagamento de dívidas, tem um bom superávit de conta corrente – graças às altas dos preços de commodities – e conseguiu acumular cerca de US$ 160 bilhões em reservas."Aliás, o Brasil é agora um credor de dólares, o que significa que o país tem muito menos a temer em relação a uma queda do real frente ao dólar. De fato, uma moeda brasileira mais fraca ajudaria exportadores de manufaturados, que têm reclamado que o real está muito forte."A revista lembra que a Bovespa foi atingida pelas turbulências recentes no mercado financeiro mundial, mas diz que "o fato de os mercados (brasileiros) não terem caído ainda mais é testemunha da recém descoberta animação macroeconômica do Brasil"."No passado mais turbulento, uma rápida saída de dinheiro do Brasil e dos seus vizinhos poderia ter desencadeado moedas mais fracas, custos de dívidas maiores, inflação mais acelerada e taxas de juros punitivas", diz a Economist."Mas, se Lula estiver certo, este enredo econômico medonho pode não ser mais eminentemente latino-americano", acrescenta o artigo. A revista ainda destaca avaliações de bancos e consultorias que colocam o Brasil ao lado de Chile e Peru no grupo de países "diligentes". O México estaria em um nível intermediário, por estar mais exposto à economia americana. Entre os países de maior risco, segundo as consultorias ouvidas pela The Economist, estariam Argentina, Equador e Venezuela.

IBGE: DESEMPREGO VOLTA A CAIR E FICA EM 9,5%, EM JULHO

Após ficar em 9,7% em junho, a taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do país caiu para 9,5% em julho, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da segunda queda na taxa de desocupação do ano, com abertura significativa de postos de trabalho.
A renda média do trabalhador foi de 1.108,30, o que representou aumento de 2,5% ante julho de 2006 e queda de 1,2% frente a junho deste ano.
O IBGE apura dados em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o desemprego registra uma queda de 1,2 ponto percentual. O contingente total de desempregados foi de 2,2 milhões em julho.
A reação no mercado de trabalho foi ditada por Rio de Janeiro, em que o desemprego caiu 0,9 ponto percentual. Nas demais regiões foi registrada estabilidade estatística, segundo o IBGE.
Em julho, a taxa de desemprego foi de 7,8% em Belo Horizonte, 14,6% em Salvador, 12,6% em Recife, 8% no Rio, 7.4% em Porto Alegre e 10,2% em São Paulo.

quarta-feira, agosto 22

PETROBRAS PERTO DE 2 MILHÕES DE BARRIS

Notícia do blog Amigos do Presidente.
A produção de petróleo nacional vai alcançar a marca de 2 milhões de barris por dia até o final deste ano a partir dos poços da Petrobras. O diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, afirmou que quatro plataformas que entrarão em operação nos próximos meses vão produzir, juntas, 510 mil barris por dia de óleo - inclusive a P-54, entregue ontem pelos dirigentes e trabalhadores do estaleiro Mauá Jurong à diretoria da estatal. A plataforma seguirá para o campo de Roncador, na Bacia de Campos, dentro de três semanas.

EMATER
























Bohn Gass divulga carta em que Yeda afirma que não faria demissões

O vice-líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Elvino Bohn Gass, revelou nesta terça-feira (21) a existência de uma carta assinada por Yeda Crusius, dirigida aos servidores da Emater, em que a então candidata tucana afirmava que os servidores não precisariam temer “listas de demissões”. O material foi elaborado durante o segundo turno da campanha ao Piratini e distribuído em todos os escritórios da Emater. Sete meses após assumir o governo, Yeda anunciou a demissão de cerca de 300 servidores da empresa. “Há uma profunda contradição entre o que a candidata Yeda prometeu e o que a governadora Yeda vem fazendo no Estado. A carta dirigida aos servidores da Emater é um exemplo cristalino do abismo entre o discurso de palanque e as ações efetivas de governo”, apontou Bonh Gass. As demissões de servidores, segundo o próprio governo, têm como objetivo adequar a Emater ao novo convênio firmado com o Estado. O acordo reduz os repasses dos atuais R$ 9 milhões para apenas R$ 7 milhões por ano. Na carta, no entanto, a então candidata ao governo gaúcho afirmava que iria garantir “o reforço do quadro de servidores, hoje defasado”. Yeda prometeu também recursos para a continuidade e ampliação das ações, uma relação de parceria permanente com os extensionistas e o aumento dos repasses do governo federal. Nada disso, no entanto, está acontecendo. O corte de servidores imposto pelo governo do Estado poderá inviabilizar a concretização de convênio com o governo federal no valor de R$ 5 milhões. “A contratação de técnicos é exigência para o acordo com a União. Mas a governadora está fazendo exatamente o contrário e, com isso, abrindo mão de recursos e, mais uma vez, contrariando seu discurso de campanha”, criticou o deputado.Na tribuna da Assembléia, o parlamentar acusou a governadora de usar a Emater como cobaia para o choque de gestão que pretende aplicar no Estado. “A bola da vez é a Emater. No entanto, a lógica que tem norteado o governo do Estado nos permite prever que outras estruturas, como a TVE, Procergs, Fundação Zoobotância e Fundação Liberato também estão na mira do novo jeito de governar”, alertou.

terça-feira, agosto 21

PAÍS CRIOU 1,2 MILHÃO DE EMPREGO NO 1º SEMESTRE

O Brasil já criou de janeiro a julho deste ano 1,222 milhão de empregos formais, praticamente o mesmo número de postos de trabalho com carteira assinada criados durante todo o ano passado. A informação foi dada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Na avaliação do ministro, a crise que afeta os principais mercados de capitais internacionais não deverá influir o desempenho da economia brasileira e nem o mercado de trabalho do país.
“Nós já estamos batendo um novo recorde na geração de novos postos de trabalho. São 1,222 milhão de novos empregos formais até o mês de julho, no mínimo. Este número poderá ser ainda maior porque ainda não fechamos julho. Isto significa que nós já atingimos o mesmo número de empregos gerados ao longo de 2006, que foi de cerca de 1,230 milhão a 1,240 milhão de empregos, segundo dados do Caged”, disse.
O ministro Carlos Lupi previu novo recorde na geração de empregos formais, embora tenha reduzido a previsão inicial. “Vamos bater o recorde de 2004 e gerar entre 1,55 milhão a 1,6 milhão. Este resultado fica acima do recorde obtido em 2004, quando foram gerados 1,523 milhão de novos postos de trabalho".

segunda-feira, agosto 20

PLEBESCITO DA VALE GANHA FORÇA NO RS

O Celeuma noticia:"A campanha pela anulação do leilão da Cia. Vale do Rio Doce vem se espalhando pelo Rio Grande.Além de Porto Alegre, já foram criados comitês regionais em Erechim, Santa Maria, Pontão, Pelotas e Cruz Alta.A informação é de Raquel Casiraghi da Agência de Notícias Chasque.Em todas as regiões gaúchas, entidades, pastorais e movimentos sociais realizam encontros para debater as perdas que a privatização da empresa trouxe ao País.Na opinião de Irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança (Cooesperança), de Santa Maria, a campanha servirá para que a população reflita sobre o papel do patrimônio público e a soberania nacional."O plebiscito é uma grande oportunidade de participação popular. É uma oportunidade de decisão, de participação e de formar consciência nas pessoas, já que como cidadãos temos o direito de opinar", diz.O ponto alto da campanha será o Plebiscito Popular, que ocorre entre os dias 1º e 7 de setembro em todo o País.Na consulta, a população irá votar em cinco perguntas. Quatro delas, são referentes à Vale do Rio Doce, Reforma da Previdência, pagamento da dívida externa e preço da energia elétrica. A quinta pergunta é específica para o Rio Grande do Sul, sobre os pedágios.Milhares de urnas estarão espalhadas por todas as cidades gaúchas.Qualquer pessoa pode votar, desde que leve consigo um documento de identidade.Menores de 16 anos também votam, mas em urna separada.Os resultados da consulta serão divulgados até o dia 20 de setembro.Irmã Lourdes é a favor da anulação do leilão de privatização ocorrido em 1997, durante o governo FHC.Para ela, a venda da Vale do Rio Doce foi um ato irresponsável."A Vale do Rio Doce foi vendida por um preço muito irrisório. Ela vale bilhões de reais, e a gente sabe que a empresa que a comprou hoje está explorando muito", diz.o cartaz mais feio do anoEntre as entidades promotoras do plebiscito, estão a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pastorais sociais, Cáritas, Via Campesina, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Cpers Sindicato e União Nacional dos Estudantes (UNE).A Companhia Vale do Rio Doce foi vendida em um leilão em 1997, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (foto), por R$ 3,3 bilhões. Hoje, seu valor de mercado está avaliado em mais de R$ 200 bilhões."
Leia mais do Celeuma aqui:

domingo, agosto 19

A DANÇA DOS VAMPIROS

Flávio Aguiar - Carta Maior

Ao desdenhar tão brutalmente o Piauí o presidente da Philips, Paulo Zottolo, cometeu um ato falho. Por isso mesmo suas palavras devem ser levadas a sério. E o preconceito que elas mostraram é da mesma natureza daquele contra o presidente Lula.No excelente filme de Roman Polanski, “A dança dos vampiros” (1967, com ele próprio e Sharon Tate), há uma cena em que os tão implacáveis quanto desajeitados caçadores dos dráculas contracenam com os próprios num baile. É uma cena inesquecível: alguns são mortos que dançam para parecer que estão vivos, outros são vivos que dançam para parecer que são mortos.A verdade vem à tona quando, inadvertidamente, os caçadores e Sharon Tate passam diante de um espelho. Os vampiros, como se sabe, não têm imagem no espelho. A verdadeira imagem denuncia as mútuas fraudes, e naturalmente os caçadores se vêem implacavelmente caçados, e por aí se vai a comédia macabra.A cena lembra o que aconteceu com as declarações do presidente da Philips, Paulo Zottolo, um dos animadores do movimento “Cansei”, desdenhando o estado do Piauí. É evidente que o sr. Zottolo cometeu um ato falho, isto é, um “ato involuntário”, no sentido de que não media então as conseqüências de seu gesto. Mas por isso mesmo deve ser levado a sério. Aquilo, por assim dizer, lhe saiu “pela boca afora”. Pode ser até que ele estivesse, como se diz juridicamente, “tomado de forte emoção”.Que emoção? A do seu movimento, sem dúvida, a das raízes profundas do movimento “Cansei”. E que são, na verdade verdadeira, toda a coleção de preconceitos contra o povo brasileiro, por parte das auto-proclamadas “elites”, ou “élites”, como se dizia antigamente num pseudo-francês grotesco e macarrônico. Elites? Elite, convenhamos, é José Mindlin, é Antonio Candido, é Machado de Assis, é Lima Barreto, é Milton Santos, Raimundo Faoro, é Carvalho Pinto para citar alguém do campo conservador. Quem se auto-proclama “élite”, assim como quem se auto-proclama “formador de opinião” não merece ser levado muito a sério não.O movimento “Cansei” tem na origem o entalhe do forte preconceito de que nossos problemas vêm de sermos obrigados a conviver com um “zé povinho” ou “zé povão”, sobretudo no que toca à escolha de governantes. Por extensão, é o mesmo preconceito que periodicamente se alevanta contra o presidente que, por duas vezes, esse “zé povinho” ou “zé povão” escolheu, em 2002 e 2006.Agora o preconceito contra o presidente, que bate sempre na tecla da sua “ignorância”, do seu “despreparo”, envereda pelas suas declarações de que a crise econômica nas bolsas do mundo inteiro não deva nos afetar tanto. Tal declaração, assim de bandeja, só pode ter raiz no fato de que o presidente “não sabe” ou “não quer saber das coisas”. E é evidente que as declarações sobre o preconceito mal conseguem disfarçar a expectativa vampiresca de que sim, algo dê errado, que a vida do povão despenque de novo no buraco de onde mal e mal começa a sair, para que então a popularidade do presidente caia também e o Palácio do Planalto volte a cair nos braços de quem espelhe a imagem dessa “élite”, ou, quem sabe, o seu vazio de imagem, já que nem como burguesa consegue se ver, preferindo, num ato falho histórico, se ver para sempre no alpendre da casa grande, a contemplar os cafèzais.De qualquer modo, pode-se dizer que a frase de Zottolo se transformou no epitáfio do “Cansei”.