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sábado, outubro 6

PENSE NISSO!


Ainda que eu falasse a língua do homens.
E falasse a língua do anjos,
sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos,
sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem
todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte.
mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua do anjos,
sem amor eu nada seria.
(Monte Castelo - Legião Urbana)

quinta-feira, outubro 4

A CRISE DO RS TEM NOME E SOBRENOME

Miguel Rossetto envia nota, chamando a atenção para o caráter falacioso do argumento que afirma que a crise financeira do Estado do RS é resultado de um processo que iniciou há 30 ou 40 anos. Para ele, essa posição procura diluir a responsabilidade histórica do PMDB e do PSDB que implementaram três medidas danosas para o RS, durante o governo Britto. Ele escreve:

"Os problemas financeiros que o Estado do Rio Grande do Sul vive hoje não são resultado de uma crise de 30, 40 anos, como alguns afirmam, mas sim conseqüência de decisões recentes. Ela tem data de nascimento, nome e sobrenome, que identificam responsáveis por opções que foram feitas e que produziram resultados danosos para o povo gaúcho e para o Estado. A dificuldade de financiamento público que vemos hoje no RS foi produzida por escolhas feitas no governo Britto, pelo PMDB e pelo PSDB, partido da atual governadora. Esses partidos, durante aquele governo, sustentaram três grandes medidas nos anos de 1995, 1996 e 1997, que são, em larga medida, responsáveis pela crise atual. Compreender isso não é nenhuma atitude revanchista, mas sim algo necessário para identificar as causas dos problemas que enfrentamos hoje e propor alternativas que não os aprofundem ainda mais.

As três medidas tomadas durante o governo Britto retiraram receitas do Estado, desorganizaram nossa economia e comprometeram por um longo período a capacidade de financiamento público. Que medidas foram essas? Em primeiro lugar, a aceleração de uma política permanente e ampla de renúncia fiscal, sem critérios e sem uma avaliação séria sobre os seus efeitos para a economia gaúcha e para as finanças públicas. Essa política começou a ser aprofundada em 2005, quando o RS teve o pior desempenho, em todo o Brasil, na evolução de sua receita. Grande parte da renovação da plataforma industrial do Estado foi constituída a partir de uma política de renúncias fiscais em prazos que vão de 15 a 25 anos. Isso reduziu enormemente a receita pública e deu origem a desigualdades internas na atividade econômica do RS.

Em segundo lugar, a aprovação da Lei Kandir, que eliminou a tributação de exportação de produtos primários e semi-elaborados e criou um conjunto de outras renúncias de tributos estaduais. Essa medida também contribuiu para aprofundar desigualdades entre os estados. Por exemplo, quando a GM compra uma peça ou uma máquina em São Paulo, ela recolhe ICM para aquele Estado e se credita no Tesouro do Estado do RS. Obviamente, esse modelo é insustentável para as receitas do Estado. E, em terceiro, a chamada renegociação da dívida do Estado. O RS, que vinha pagando historicamente uma média de 5% de suas receitas, passou a pagar de 13% a 15% por um prazo de 30 anos. A partir dessa medida, o Estado é diminuído para 87% da sua capacidade de financiamento. Essas três medidas, aprovadas pelos governos do PMDB e do PSDB, prejudicaram estruturalmente a capacidade de financiamento do Estado".

publicado no blog RS Urgente

quarta-feira, outubro 3

PINÓQUIO E “SIVIRINO CHIQUE-CHIQUE”

Quem nunca ouviu essa frase: "uma mentira contada mil vezes se torna verdade", pois é isso que a situação (PMDB/PP) de Dois Irmãos está tentando fazer. Na sessão desta última segunda-feira (01), Elony Nyland (PP), utilizou seu espaço para, como sempre, fazer provocações e profanar inverdades. Utilizou ao todo 20 minutos atacando o PT, o vereador Prof. Miguel e o Deputado Tarcísio Zimmermann. caluniando falando inverdades. Será que é para isso que Elony Nyland “torrou” tanto dinheiro público dos munícipes de Dois Irmãos em congressos? Para utilizar seu tempo caluniando e fazendo provocações gratuitas? Ou será que foi para “aprender legislar”? Com toda a certeza o que menos Elony aprendeu foi legislar (durante o congresso devia estar tomando um banho de mar ou fazendo compras no Paraguai). Elony trata-se de um vereador limitado, e é isso que políticos limitados fazem, provocações e acusações mentirosas. Na sessão não me contive e durante a sessão o chamei de mentiroso. Pois ele estava utilizando de um espaço privilegiado (que devia ser dedicado à resolver os problemas do município), para fazer insinuações mentirosas a respeito de pessoas honestas e que trabalham pela nossa cidade e região.
Mas o que me surpreendeu (se é que ainda me surpreendo com eles) foi a atitude do “presidente interino”(Fã de Severino Cavalcanti), Marcel Van Haten (PP), que pediu para que eu me retratasse ou saísse da sessão da câmara. Segundo ele “o Regimento Interno não permite que a assistência se manifeste e interrompa o vereador que está usando a tribuna ainda mais chamando o de mentiroso”... Em outras palavras o Regimento não permite que chame o vereador de mentiroso mas permite que o vereador minta na tribuna pois foi isso que Elony Nyland (PP) fez. Mentiu! E mentiu com o consentimento do “presidente interino” da Câmara de Vereadores. O lamentável que vemos um Jovem, que devia se indignar com inverdades, dando aval a elas. Cara de jovem, mas pensamentos conservadores, reacionários e autoritários. Pois ser jovem e não se indignar pelo contrário concordar com aquilo que aconteceu na tribuna da câmara é uma contradição genética. Precisamos de Renovação na nossa câmara de vereadores, nossa cidade merece vereadores competentes. Não "pinóquios" e nem "severinos".

De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?

(Elogio da dialética- Bertold Brecht)

Em Tempo: estou providênciando o escâner da matériazinha com a foto Marcel e Severino Juntos em breve será adicionada a esta matéria

FANTASIANDO

Numa cidade muito próspera, localizada no Vale do Rio dos Sinos, mulheres e homens extremamente esforçados levantavam cedo todos os dias e seguiam para o seu trabalho, com o orgulho de terem um ofício capaz de dar sustento às suas famílias e de gerarem a riqueza da cidade em que viviam. A vida era muito complicada para aquelas pessoas, pois passavam o dia inteiro dentro das fábricas, recebiam baixos salários e, o pouco tempo que restava para o lazer, era usado com os afazeres domésticos e com os cuidados com os filhos.
Pois foi nesse contexto que o proprietário do jornal da cidade, Alaca, teve a grande idéia de criar uma espécie de monstro, inspirado pela obra do historiador Niccolò di Bernardo Machiavelli. Ele considerava que aquele era o momento ideal para apresentar aos cidadãos da cidade uma espécie de político, o "Demagogic monstru", mais conhecido como "trambiqueiro". E foi assim que Alaca começou a construir sua fantástica criaturinha. Escolheu um rapaz de seu convívio, que lhe era leal e deu-lhe a tarefa de entregar diariamente, de casa em casa, um exemplar do seu "tablóide de fofocas". Passado um tempo, bastante satisfeito com o desempenho do seu monstrinho, Alaca fez-lhe uma proposta: "Estás pronto para a próxima tarefa e sei que esta é tua ambição. Por isso, de hoje em diante, terás todo o apoio deste jornal para ser vereador da cidade. Tudo o que fizeres, por mais insignificante que seja o gesto, será fotografado e publicado no nosso jornal. Teu nome estará estampado nas manchetes diárias e teus feitos serão valorizados e engrandecidos. Serás conhecido por toda a população e, na próxima eleição, serás eleito com grande quantidade de votos. Basta aceitares ser meu aliado...".
O "monstrinho", babando de entusiasmo, não teve dúvidas e aceitou a proposta.
Em seguida, os jornais começaram a exibir manchetes fantásticas sobre os atos banais do "monstrinho", que rapidamente crescia e se tornava popular em toda a cidade, principalmente junto à classe média, que era a principal "receptora" das ideologias direitosas do tablóide diário de Alaca. As pessoas pagavam para ter a (des)informação que julgavam necessária, e Alaca e seu monstrinho ficavam cada vez mais vaidosos e ambiciosos.
Com o apoio de uma parcela da classe média, o monstrinho se elegeu vereador, sendo aclamado por muitos como "a grande renovação da política" e "um promissor administrador".
Mas o "monstrinho" tinha um defeito: ele não conseguia disfarçar sua prepotência e arrogância, herdadas de família. Não tardou para que começassem a surgir conflitos dentro do seu "próprio ninho", ou seja, junto aos seus correligionários... O monstrinho botou as unhas para fora e, em conluio com alguns colegas vereadores, conseguiu derrubar e tirar de cena o que ele e Alaca julgavam ser seu principal rival da cidade. Este rival despertava a inveja do monstrinho porque desenvolvia um bom trabalho na área ambiental, defendendo e trabalhando na revitalização da bacia do rio que cortava a cidade. Isso, realmente, era uma ameaça ao "brilho" do monstrinho.
Passados dois anos, o "Demagogic monstru" julgou que já estava preparado para alçar vôos mais altos. Alaca, o dono do jornal, continuava a apoiar o seu monstrinho e a dedicar-lhe espaços generosos nas páginas do tablóide. O monstro decidiu, então, lançar-se candidato a deputado. Propagandeava, aos quatro cantos e para quem quisesse ouvir, que era o responsável pela formação de uma associação de estudantes. Ele escondia que, na verdade, a associação era fruto do trabalho coletivo de diversos jovens que se reuniam, durante vários finais de semana seguidos, para acertar o estatuto e toda a papelada da nova entidade. Outro grande feito que o "Demagogic monstru" se orgulhava em alardear era o fato de sempre ter se posicionado contrário a tudo e a qualquer proposição vinda da oposição, podia ela ser boa ou fiscalizatória. O monstro sempre votava contra qualquer iniciativa apresentada pelos oponentes, independentemente de isso ser bom ou não para a cidade. E foi assim que o seu sonho de se tornar um grande deputado não se concretizou. O monstrinho não obteve votos suficientes para eleger-se. Alguns dizem que foi por falta de carisma. Outros dizem que foi sua prepotência e arrogância. Mas a verdade é que o "monstrinho" do Alaca não morreu. Ele continua vivo e seu corpo continua crescendo. Comentam, por aí, que ele anda "afiando suas garras".
O fato é que ele ficou conhecido como "o rei do oportunismo" e, até hoje, tem uma queda arrebatadora por jornalistas e máquinas fotográficas. A população da cidade está atenta e deve tomar cuidado, pois essa espécie de monstro sempre ressurge. Alaca, o "pai" do monstrinho, já demonstrou que não vai desistir, e insiste que nas veias do seu pupilo corre um sangue com instinto Bornhauseniano. Na verdade, o grande sonho de Alaca é acabar com um partido de oposição da cidade...
Você leu este texto até aqui e está fazendo analogias com certas pessoas? Não se preocupe. Isso é apenas uma fantasia e, antes que eu esqueça, "qualquer semelhança é mera coincidência".

PT VOTARÁ CONTRA AUMENTO DE ICMS DE YEDA

O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Raul Pont, afirmou, na sessão plenária desta terça-feira (2), que os petistas votarão contra o aumento de impostos previsto no pacote que a governadora Yeda Crusius pretende remeter ao Palácio Farroupilha ainda nesta semana. "Do nosso ponto de vista, não tem condições de prosperar qualquer proposta que tente retomar o aumento de impostos. O fato de o governo estadual ter elaborado um orçamento desequilibrado é uma forma de botar o bode na sala", alerta o petista, identificando aí uma tática para criar a idéia de que a única saída para enfrentar a crise é aumentar impostos.

Segundo o deputado, assim é muito fácil equilibrar as contas do Estado. "Queremos um projeto de justiça fiscal com os contribuintes, com os cidadãos e que aponte para o desenvolvimento do nosso Estado". O petista reafirma que o déficit público precisa ser enfrentado com o corte de privilégios a grandes empresas. Ele espera que as bancadas da base aliada do governo mantenham a mesma postura de não aprovar aumento de impostos.

Raul Pont também refutou os argumentos do deputado Adilson Troca (PSDB) de que a governadora está seguindo ‘rigorosamente’ os preceitos do Pacto pelo Rio Grande. "Ora, leia o que escrevemos e veja se tem uma vírgula sobre aumento de impostos", registrou. O líder petista lembra que a agenda mínima do Pacto pelo Rio Grande prevê vedar as concessões de anistia fiscal e a prorrogação de contratos do Fundopem e Integrar-RS. Além disso, busca integrar ações de combate à sonegação, cobrar a dívida ativa do Estado com maior rigor e eficácia e renegociar a dívida pública com a União. "O que não dá é mudar de discurso como a governadora que durante a campanha afirmava que não iria aumentar impostos", criticou.

Confira alguns itens do Pacto pelo Rio Grande

Implantar o equilíbrio das contas públicas.

Estabilizar os gastos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Púbico e Tribunal de Contas.

Implementar o teto remuneratório nos três Poderes.

Regulamentar e implementar o Fundo de Previdência para novos servidores.

Vedar a concessão de anistia fiscal.

Vedar a prorrogação de contratos do Fundopem e Integrar-RS.

Integrar as ações de combate à sonegação do Estado, Receita Federal e Municípios.

Cobrar a dívida ativa do Estado com maior rigor e eficácia.

Revisar as relações federativas.

Renegociar a dívida pública com a União, garantir o repasse dos recursos de responsabilidade estadual aos Municípios e aprovar uma nova política tributária que fortaleça os Estados e Municípios.

Do blog PTSul

VEJA, A INCOMPETENTE!























Che era um assassino frio e insaciável, um narcisista cujas irresponsáveis aventuras conduziram à morte milhares de cubanos. Era também um sujeito desprezível que implorou pela vida segundos antes de ser executado, além de um maltrapilho fedorento que odiava tomar banho.
Estas são algumas das “revelações” sobre o homem Ernesto Guevara de la Serna, trazidas à luz pela revista Veja desta semana. São 10 páginas dedicadas ao assunto, numa espécie de edição comemorativa pelos 40 anos do assassinato do monstruoso líder guerrilheiro. Segundo Veja, “já passou da hora” de alguém mostrar ao mundo a verdadeira face do “falso mito”.
A matéria, fiel à linha editorial da revista, é recheada de imprecisões, contradições, omissões e informações incorretas, além de se legitimar inteiramente no depoimento de cubanos residentes em Miami, que, como sabemos todos, são as pessoas mais isentas do mundo para falar sobre o assunto.
Mas dentro da estratégia geral do panfletão dos Civita – alimentar o fascismo atávico que habita o coraçãozinho nervoso dos cansados –, não há como negar que a “nova biografia” de Che cumpre plenamente seus objetivos.Ao longo do laboroso trabalho de desconstrução restou, porém, uma pergunta incômoda: por que um homem tão desprezível permanece “intocado” no “panteão dos mitos”? Veja tenta esclarecer: o fato de Guevara sobreviver no imaginário popular como um ideal de justiça e liberdade se deve à força da “máquina de propaganda marxista”.
Dado que apenas três pessoas no planeta acreditam na existência de tal máquina – Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo e Olavo de Carvalho – a conclusão de Veja só pode ser entendida como uma surpreendente confissão de incompetência.

do blog do PT

segunda-feira, outubro 1

QUANTO VALE?

Há muito tempo Petrobras e Vale do Rio Doce puxam o bloco das maiores empresa do Brasil, com ligeira vantagem para a primeira. Desde ontem, os jornais anunciam que a Vale teria tomado a dianteira no que se refere ao valor de mercado das duas. A diferença em favor da mineradora, segundo os números apresentados, é ínfima – R$ 285,9 bilhões contra R$ 285,3 bilhões, ou 0,002%. E se deve a duas razões: a perspectiva de que o minério de ferro suba de preço em 2008; e a aquisição de empresas do setor por parte da companhia brasileira, como a Inco do Canadá. Ou seja, nada além de uma movimentação normal de mercado, motivada por fatores conjunturais.
No front midiático, porém, algumas viúvas da Era FHC – saudosas do tempo em podiam abocanhar o patrimônio nacional pagando o equivalente a um cacho de bananas – transformaram a notícia em mais uma prova inequívoca de que as privatizações foram a melhor coisa que aconteceu ao Brasil desde a chegada de Cabral.
Aqui e ali surgiram “especialistas” afirmando que a “virada” da Vale só foi possível graças à venda da empresa, ocorrida em 1997, e que a Petrobras está “perdendo valor” por causa das disputas políticas por cargos na companhia. A tese é de uma pobreza intelectual de dar dó, mas eles não estão muito preocupados com isso. O importante, para as viúvas, é manter viva a guerra ideológica contra o governo Lula e seu projeto de nação soberana, na expectativa de que um dia, talvez, quem sabe, o povo esqueça o que eles fizeram no verão passado.

Sobre a verdadeira história da privatização da Vale, o Blog sugere a leitura de dois artigos publicados recentemente no site do PT: Venda da Vale: o crime faz 10 anos e Um atentado contra o patrimônio nacional.


Matéria extraida do blog do PT.

FREUD EXPLICA! EXPLICA?

por Izaías Almada

Afinal, é o Brasil que pauta a mídia ou é a mídia que passou a pautar o Brasil? Liberdade ou libertinagem de imprensa? A democracia deve ser preservada para o bem de todos ou deve ser tutelada para o bem de alguns? A liberdade de expressão vale para todo e qualquer cidadão ou apenas para aqueles que têm colunas e editoriais jornalísticos e televisivos? Vale para os movimentos sociais ou vale apenas para os lobbies da direita golpista? Confundir conscientemente verdades e mentiras não será um perigoso jogo antidemocrático? Condenar sem provas, uma atitude irresponsável? Opinião pública é apenas a opinião da classe média cansada ou é a opinião da maioria dos cidadãos?Não sou psicólogo, nunca tive a intenção de ser, nem tenho conhecimentos que me habilitem a fazer análises da conjuntura política brasileira – se for o caso - sob esse prisma. Contudo, pertenço ao rol daqueles 170 milhões de brasileiros que entendem de tudo e não entendem de nada ao mesmo tempo. Desse Brasil pós-moderno e neoliberal. Nesse aspecto, sim, considero-me capacitado a dar opinião, como qualquer cidadão a falar sobre a seleção de futebol, sobre política ou sobre o Lalau e o Paulo Maluf. Mas, voltando à psicologia. Já é famosa e gasta entre nós a expressão “Freud explica!”. A expressão, usada ad nauseam significa que a preocupação excessiva – individual ou coletiva – sobre determinada questão, sobre determinado assunto, pode significar, grosso modo, que a pessoa ou o grupo de pessoas preocupadas age, no seu inconsciente, de maneira diferente (e até mesmo oposta) àquilo que dá origem à sua preocupação. Em outras palavras: se eu não consigo alcançar as uvas maduras e fresquinhas de uma parreira, eu posso dizer que elas ainda estão verdes. Ou, se a namorada do meu vizinho é mais bonita do que a minha, eu sempre poderei dizer, “é... mas em mulher a beleza não é tudo”.E já que estamos no terreno do popular – essa condição social da qual Jorge Bornhausen e FHC e seus partidários têm tanto horror, existem também alguns ditados muito apropriados para explicar o inconsciente de um indivíduo, de uma coletividade ou de uma corporação. Ditados como “é o porco falando do toucinho” ou “o roto falando do rasgado”, que demonstram a falta de critérios ou de autoconhecimento na avaliação de uma determinada questão, em particular quando queremos imputar aos outros aquilo que muitas vezes fazemos às escondidas. Tomemos a ética como exemplo, esse conceito filosófico que estuda o comportamento humano sob a ótica do que é certo ou errado ou do bem e do mal. De repente, a imprensa brasileira descobriu a ética, alguns velhos políticos brasileiros descobriram a ética. Alguns filósofos, profissionais do assunto, trataram de deitar falação sob os holofotes da mídia, deleitando-nos a nós pobres mortais e ignorantes das questões de honestidade, justiça e democracia, com sua sapiência sobre a ética e o comportamento exemplar que cada cidadão deve ter perante a sociedade, numa generalização mais ao gosto dos livros de auto-ajuda e dos programas de culinária do que propriamente à luz da ciência social.E agora juntemos os ingredientes e formulemos a seguinte questão: por que só agora a mídia, setores da oposição como DEM e PSDB, alguns e pequenos setores da chamada elite econômica (alguns se querem até intelectuais) resolveram que o Brasil passa por uma crise de ética? Não leram esses senhores sobre a formação histórica do Brasil? Desconhecem as capitanias hereditárias e o sistema de heranças e transmissão de terras? Ignoram a escravidão e suas seqüelas entre a população negra e mulata no Brasil? Não somos todos herdeiros de um sistema político clientelista e apodrecido, cuja compra de votos foi sempre a regra e não a exceção, inclusive para o estabelecimento da reeleição em proveito próprio, como fez Fernando Henrique Cardoso e seu incorruptível escudeiro Sérgio Mota?Ah, quanta hipocrisia! Como o papel em branco e o microfone e a câmera de TV, ligados, aceitam tudo, nada mais fácil hoje em dia para os que detêm o poder da informação em levantar calúnias e mentiras contra seus adversários, mesmo que existam aqui e ali alguns deslizes praticados pelos acusados, mas que os próprios acusadores já cometeram algum dia (alguns até mais graves do que os anunciados). E falam todos de boca cheia contra a grande crise de ética no país em defesa da democracia e da liberdade de imprensa, como nunca se viu antes! E a entrega da Vale do Rio Doce a preço de banana? E a CPI Abril - TVA? E a CPI do Banestado? E as concorrências públicas no Estado de São Paulo, esse ninho de tucanos acima de qualquer suspeita? E as bonecas do “Cansei”?Perdoem-me o inevitável e surrado lugar comum: Freud explica!

*Izaías Almada é escritor e dramaturgo. Autor, entre outros, do livro TEATRO DE ARENA: uma estética de resistência, Ed. Boitempo

PROUNI VAI OFERECER 180 MIL BOLSAS EM 2008

O Programa Universidade para Todos (ProUni) , do governo federal , tem como meta o oferecimento de 180 mil bolsas de estudo em 2008. Neste ano, o ProUni ofertou 163 mil bolsas nos dois processos seletivos ocorridos . A renúncia fiscal estimada pela Receita Federal, referente ao ano de 2007, foi de R$126 milhões. No total, o ProUni conta com cerca de 1.400 instituições de educação superior participantes, presentes em todos os Estados do País. Trata-se de uma evolução significativa para a iniciativa, institucionalizada há dois anos, quando foram oferecidas 112 mil bolsas e contava com 1.142 instituições de ensino superior abrigando estudantes beneficiados pelo programa. Todos os indicadores relativos ao ProUni têm sido positivos. Uma das principais críticas ao programa, a de que ele prejudicaria o nível de ensino das faculdades, não se confirmou. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de 2006, apontou que os bolsistas do ProUni tiveram desempenho superior aos demais em 14 das 15 áreas do conhecimento avaliadas. Conforme o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, "os resultados do Enade demonstram que o ProUni não só atinge um grande contingente de alunos, mas qualifica a educação superior. Invariavelmente, os beneficiários do ProUni têm apresentado rendimento acadêmico superior aos não-bolsistas". O ProUni foi criado pelo governo federal em 2004, e institucionalizado no ano seguinte. A iniciativa concede bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e seqüência i s de formação específica, em instituições privadas de ensino. Em contrapartida, os estabelecimentos recebem isenção de alguns tributos. O programa Universidade para Todos é dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, cuja renda familiar per capita máxima é de três salários mínimos. A seleção dos candidatos é feita pelo Enem - Exame Nacional do Ensino Médio.

COTAS - O programa reserva também um percentual de bolsas ofertadas aos afro-descendentes, indígenas e pessoas com deficiência. Os professores também possuem critérios diferenciados de participação no programa, conforme a política do MEC de incentivo à formação dos docentes e qualificação da educação básica pública. PNAD - A última


PNAD - Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios, do IBGE, revelou ainda que houve crescimento no número de alunos do 3º grau da rede particular de ensino, de 2005 para 2006: 13,2%.