Pode ser tudo mera esperteza para tentar "reabilitar" um pouco a combalida imagem de sua empresa, diante do inevitável. Mas que reflete a verdade, disto não resta dúvidas.
Seguem as declarações:
“Foi um debate muito tenso, mas acho que a Dilma Rousseff se saiu muito bem. Melhor do que os outros.
Primeiro, porque todos preferem formular perguntas a ela, e acaba que a candidata do governo tem muito mais exposição que os outros. O debate vira uma grande entrevista da Dilma.
Depois, porque ela soube lidar com as características de cada um dos adversários: brincou com as brincadeiras do Plínio de Arruda Sampaio; foi simpática com a Marina Silva, que é mulher como ela e participou do mesmo governo; e, sobretudo, encarou o José Serra com altivez.
No caso do Serra, a Dilma deu-lhe uma pancada que o deixou até meio desconcertado. Foi na hora em que ele falou do Irã, e ela respondeu que os EUA se deram mal em tratar os árabes com soberba. Ela conseguiu fazer a ligação entre a soberba americana e a soberba do Serra. Acho que ali ele quase foi a nocaute.
Por fim, essa história de quebra de sigilos, denúncias contra a sucessora dela no ministério, ataques sistemáticos… Isso tudo está tornando a Dilma uma vítima das elites. Ela está até ficando mais humana, mais simpática.
Eu mesmo, que não morria de amores por ela, estou começando a gostar. Ela está se mostrando mais preparada do que eu esperava.
E estou começando a sentir pena do cerco que a mídia está fazendo. Parece que esse negócio de democracia só é aceito por determinados setores quando eles estão vencendo…"
(De Tales Faria, do Poder Online)