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sexta-feira, janeiro 12

QUANDO ACHAMOS QUE VIMOS TUDO...


Os policiais militares gaúchos passarão a trabalhar sob um regime que prevê o cumprimento de metas diárias e o estímulo à competição entre unidades. Idealizador do projeto, o subcomandante da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, detalhou quinta-feira, ao jornal Zero Hora, como deve funcionar a nova política. “Vamos dar as metas para o combate ao crime. Se não forem cumpridas, a população não vai cobrar de mim, e sim do executor, que é cada comandante. Quero resultados”. E acrescentou: “A competição é boa. Ninguém vai querer estar em segundo lugar”.
O comando-geral da Brigada Militar já divulgou as primeiras metas que deverão ser cumpridas pelos policiais: eles terão que abordar pelo menos 70 mil veículos todos os dias. Esse número representa cerca de 2% de toda a frota do Estado. Trata-se de um índice muito superior ao que é feito normalmente. Em janeiro de 2006, segundo dados da própria Brigada, foram abordados cerca de 9 mil veículos por dia no RS.
Trabalho escravizante
O sindicato dos cabos e soldados da Brigada Militar criticou a proposta, dizendo que ela vai “escravizar o trabalho dos policiais”. Leonel Lucas, dirigente do sindicato, disse à rádio Gaúcha, na quinta-feira, que os policiais já são obrigados a dar pouca atenção às suas famílias, trabalhando em condições adversas e sem equipamentos adequados, como coletes à prova de balas. Ele anunciou que os cabos e soldados tentarão uma audiência com o comando da Brigada Militar nos próximos dias para tentar derrubar o plano de metas e competição.

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