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sexta-feira, junho 1

DEPUTADO COBRA "ATITUDE" POR PARTE DO GOVERNO FEDERAL

O deputado Tarcísio está bastante apreensivo com os rumos que o setor coureiro-calçadista está tomando. Depois de mais uma reunião da Frente Parlamentar do Setor Coureiro-Calçadista com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, no último dia 29 de maio, Tarcísio relata que não houve qualquer sinalização, por parte do Governo, de adotar, pelo menos por enquanto, alguma medida efetiva de apoio aos setores intensivos em mão-de-obra, como o coureiro-calçadista. Para o deputado "o Governo Federal parece não ter compreendido a gravidade da crise pela qual estes setores estão passando". Ele relatou que, novamente, foi enfatizada com o Sr. Nelson Machado a necessidade urgente de o Governo Federal adotar medidas como, por exemplo, a desoneração do PIS e do COFINS.
Somente nos três primeiros meses de 2007, estima-se que quatro mil trabalhadores do calçado, no Brasil, tenham perdido seus empregos e "a perspectiva que infelizmente desponta é a de agravamento da situação, com o fechamento de mais empresas", lamenta o deputado.
Para minimizar os impactos sociais da crise, Tarcísio propôs à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o agendamento de uma audiência com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o que deverá acontecer já no começo de junho. "Vamos reivindicar ao Ministro Carlos Lupi a ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego e o oferecimento de cursos de aperfeiçoamento profissional aos trabalhadores do setor que forem demitidos", informou o deputado.
Tarcísio lembra que o Governo Federal, no passado, mostrou-se bastante sensível aos prejuízos do setor, tanto que em novembro de 2005, o presidente Lula teve um encontro histórico com as lideranças coureiro-calçadistas. A partir daquele momento, foram liberados mais de 1 bilhão de reais para linhas de crédito específicas para o setor coureiro-calçadista, com taxas e prazos verdadeiramente vantajosos. Também houve a prorrogação por mais dois meses do seguro-desemprego aos trabalhadores demitidos em 2005 e 2006. Além disso, houve restrição às importações através do imposto de 35% para os calçados chineses e um maior monitoramento das importações para combater o contrabando e o sub-faturamento. No entanto, apesar de todos os esforços do Governo Federal nos dois últimos anos, a economia brasileira, e especialmente a gaúcha, está sofrendo muito por conta da política monetária.
"Vivemos um drama econômico e social. Os empregos estão desaparecendo, as empresas estão indo à falência e há intranqüilidade econômica e social. A saída está em diversificarmos a nossa economia, mas para isso é imprescindível que os trabalhadores tenham qualificação profissional e suporte para atravessar este período de transição", afirma Tarcísio.

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