
Somente nos três primeiros meses de 2007, estima-se que quatro mil trabalhadores do calçado, no Brasil, tenham perdido seus empregos e "a perspectiva que infelizmente desponta é a de agravamento da situação, com o fechamento de mais empresas", lamenta o deputado.
Para minimizar os impactos sociais da crise, Tarcísio propôs à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o agendamento de uma audiência com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o que deverá acontecer já no começo de junho. "Vamos reivindicar ao Ministro Carlos Lupi a ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego e o oferecimento de cursos de aperfeiçoamento profissional aos trabalhadores do setor que forem demitidos", informou o deputado.
Tarcísio lembra que o Governo Federal, no passado, mostrou-se bastante sensível aos prejuízos do setor, tanto que em novembro de 2005, o presidente Lula teve um encontro histórico com as lideranças coureiro-calçadistas. A partir daquele momento, foram liberados mais de 1 bilhão de reais para linhas de crédito específicas para o setor coureiro-calçadista, com taxas e prazos verdadeiramente vantajosos. Também houve a prorrogação por mais dois meses do seguro-desemprego aos trabalhadores demitidos em 2005 e 2006. Além disso, houve restrição às importações através do imposto de 35% para os calçados chineses e um maior monitoramento das importações para combater o contrabando e o sub-faturamento. No entanto, apesar de todos os esforços do Governo Federal nos dois últimos anos, a economia brasileira, e especialmente a gaúcha, está sofrendo muito por conta da política monetária.
"Vivemos um drama econômico e social. Os empregos estão desaparecendo, as empresas estão indo à falência e há intranqüilidade econômica e social. A saída está em diversificarmos a nossa economia, mas para isso é imprescindível que os trabalhadores tenham qualificação profissional e suporte para atravessar este período de transição", afirma Tarcísio.
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