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quarta-feira, agosto 22
EMATER
Bohn Gass divulga carta em que Yeda afirma que não faria demissões
O vice-líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Elvino Bohn Gass, revelou nesta terça-feira (21) a existência de uma carta assinada por Yeda Crusius, dirigida aos servidores da Emater, em que a então candidata tucana afirmava que os servidores não precisariam temer “listas de demissões”. O material foi elaborado durante o segundo turno da campanha ao Piratini e distribuído em todos os escritórios da Emater. Sete meses após assumir o governo, Yeda anunciou a demissão de cerca de 300 servidores da empresa. “Há uma profunda contradição entre o que a candidata Yeda prometeu e o que a governadora Yeda vem fazendo no Estado. A carta dirigida aos servidores da Emater é um exemplo cristalino do abismo entre o discurso de palanque e as ações efetivas de governo”, apontou Bonh Gass. As demissões de servidores, segundo o próprio governo, têm como objetivo adequar a Emater ao novo convênio firmado com o Estado. O acordo reduz os repasses dos atuais R$ 9 milhões para apenas R$ 7 milhões por ano. Na carta, no entanto, a então candidata ao governo gaúcho afirmava que iria garantir “o reforço do quadro de servidores, hoje defasado”. Yeda prometeu também recursos para a continuidade e ampliação das ações, uma relação de parceria permanente com os extensionistas e o aumento dos repasses do governo federal. Nada disso, no entanto, está acontecendo. O corte de servidores imposto pelo governo do Estado poderá inviabilizar a concretização de convênio com o governo federal no valor de R$ 5 milhões. “A contratação de técnicos é exigência para o acordo com a União. Mas a governadora está fazendo exatamente o contrário e, com isso, abrindo mão de recursos e, mais uma vez, contrariando seu discurso de campanha”, criticou o deputado.Na tribuna da Assembléia, o parlamentar acusou a governadora de usar a Emater como cobaia para o choque de gestão que pretende aplicar no Estado. “A bola da vez é a Emater. No entanto, a lógica que tem norteado o governo do Estado nos permite prever que outras estruturas, como a TVE, Procergs, Fundação Zoobotância e Fundação Liberato também estão na mira do novo jeito de governar”, alertou.
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