Atendendo o requerimento dos deputados Tarcísio Zimmermann e Pepe Vargas (PT/RS), a Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara de Deputados realizou audiência pública, na última quarta-feira, para debater os impactos do plano de reestruturação do Banco do Brasil. A preocupação com a piora no atendimento nas agência do BB dominou os debates, uma vez que entre as medidas propostas pelo plano prevêem cortes de custos administrativos, centralização de atividades, redução de 3.900 postos de trabalho, incentivos à demissão voluntária, antecipação de aposentadorias e terceirização de mão-de-obra. Tarcísio Zimmermann criticou a extinção de 4.284 caixas do Banco do Brasil em todo o País. "Hoje já é muito difícil pagar qualquer conta no Banco do Brasil. Como o banco vai cumprir a legislação que limita o prazo de atendimento nas filas com o corte no número de caixas?", indagou. O deputado lembrou que o BB tem sido citado, com outros bancos públicos, como um campeão de filas.
O deputado fez um apelo aos dirigentes do Banco do Brasil para que sejam postergadas as medidas que fecham gerências regionais e caixas executivos e para que não seja ampliada a terceirização de serviços na instituição. Segundo Tarcísio, o Banco do Brasil é um bem público e seu compromisso primeiro deve ser com a qualidade do atendimento e com as políticas de desenvolvimento do País. "Não dá para entender como um Banco com altos lucros como o BB possa alegar que precisa diminuir o já escasso atendimento direito à população para preservar seus lucros. Por isso é necessário que a Direção do Banco do Brasil discuta mais com a comunidade e com os seus trabalhadores as medidas que está implementando", disse ele.
Participaram da audiência o presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Vagner Freitas de Moraes; o diretor-administrativo da Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul, Mauro Rui Tellitu Cardenas; e o representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Marcel Barros.
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