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segunda-feira, maio 21

INVESTIGAÇÃO PODE CAUSAR ESTRAGOS NA POLÍTICA

Depoimentos e avaliações mais minuciosas dos documentos em poder da Polícia Federal darão, a partir de hoje, a dimensão do estrago que a Operação Navalha poderá provocar, em particular, no meio político. Os desdobramentos da operação, deflagrada na quinta-feira pela PF, que prendeu suspeitos de fazer parte de um esquema de desvio de recursos de obras públicas, em nove estados e no Distrito Federal, são aguardados hoje com apreensão no Congresso Nacional. Mais uma vez, no epicentro dos escândalos, as emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União. Os depoimentos de Zuleido Veras e de sua braço-direito, a diretora comercial da Gautama, Maria de Fátima Palmeira, que podem ser colhidos até o fim da semana, assim como análise de todo o círculo de amizades do empreiteiro, prometem tirar o sono de deputados e senadores. Veras é dono da Construtora Gautama Ltda - o principal elo de um esquema de corrupção envolvendo autoridades federais, governadores, deputados e prefeitos. Ministério da Justiça trabalha com possibilidade de nova rodada de prisões. A expectativa do Ministério da Justiça é de que uma nova rodada de prisões da Operação Navalha aconteça hoje. Novos nomes podem surgir e aumentar ainda a tensão no Congresso com a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quinta, que levou à prisão 46 pessoas, entre parlamentares, prefeitos, ex-governadores e empresários. O ministro Tarso Genro, evitou analisar politicamente a operação, "até mesmo porque ela envolve diversos partidos, PT, PMDB, PSDB e DEM". Segundo ele, estender às legendas a responsabilidade por ações de indivíduos é uma tática "fascista", condenada por ele . "A depuração ética posterior é um debate que cabe aos partidos, não ao ministro da Justiça".disse Tarso. Na avaliação da polícia, os indícios mais fortes encontrados até agora são suficientes para amparar uma denúncia contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), dois funcionários graduados do Ministério das Minas e Energia, o chefe de gabinete e homem de confiança do ministro Silas Roudeau, Ivo Almeida Costa e um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso de Energia Elétrica (Luz Para Todos), Sérgio Luis Pompeu Sá. Lagos, segundo as gravações, teria recebido, através de dois sobrinhos, também presos, R$ 240 mil de propina por favorecer a Gautama na concorrência para implantação e pavimentação da BR 402, no Maranhão. Um dos nomes que surgiram no fim de semana foi o do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que aparece na lista, ao lado de uma cifra de R$ 24 mil referente ao aluguel de um jatinho. Segundo ele, o dinheiro refere-se a um empréstimo que seria tomado de Zuleido por um amigo em comum, o engenheiro e empresário Luiz Gonzaga Salomão, para alugar o avião bimotor que levaria o senador ao enterro do sogro, em Barretos, em 4 de abril deste ano. Hoje, o senador promete colocar uma pá de cal no assunto em pronunciamento no plenário do Senado. Congresso começa semana avaliando os estragos da Operação Navalha. Ontem, o escândalo ganhou mais peso ao ser divulgada, pela Agência Globo, e o Fántastico da Globo. Informação de que relatório da PF acusa o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, afilhado político do senador José Sarney (PMDB-MA), de ter se beneficiado do esquema. Teria incorrido em crime de corrupção passiva. Governador de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB) é citado em inquérito da Polícia Federal Teotônio Vilela (PSDB) autorizou obra para empresa após encontro com Zuleido. Apuração também aponta para o ex-governador João Alves Filho (DEM-SE); O inquérito criminal da Operação Navalha da Polícia Federal cita o envolvimento do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), no esquema de fraude a licitações e obras públicas.Também aparece nas investigações o nome do ex-governador de Sergipe João Alves Filho (DEM), cujo filho, João Alves Neto, está preso. O procurador-geral da República, Antonio Fernando diz: "Existem indícios da participação do governador de Sergipe, João Alves Filho, através do filho, João Alves Neto".
Só uma pergunta aos nobres leitores deste blog: Por quê a oposição não pede a CPI da Gautama?
Do Blog Amigos do Presidente

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