
Em uma das conversas, o ex-presidente do Detran, Flávio Vaz Netto (PP), conversa com o ex-diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Antônio Dorneu Maciel (PP) sobre um problema a resolver nos contratos da autarquia com fundações universitárias ligadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O problema em questão era o descontentamento do empresário e lobista tucano Lair Ferst, cujas empresas tinham sido excluídas do esquema. Dorneu Maciel orienta Vaz Netto a conversar com a governadora e com Delson Martini para saber o que devia ser feito. O ex-diretor da CEEE revela que Lair estava muito descontente e criticava a governadora por seu hábito de “jogar uns contra os outros”. “Pelo jeito agora é guerra”, comenta Vaz Netto. A guerra em questão era a disputa entre grupos dentro do esquema.
Sem Palavras
“Confiança” não é exatamente a palavra mais apropriada para descrever o sentimento dominante na Assembléia Legislativa em relação ao governo Yeda Crusius. “A casa caiu” foi uma expressão corrente, mesmo entre deputados aliados do governo. Para o deputado Elvino Bohn Gass (PT), o conteúdo das gravações comprometem diretamente o núcleo do governo com o esquema de fraude no Detran. O presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira (PT), manifestou-se no mesmo sentido. “As gravações dizem tudo”, resumiu o deputado Gilmar Sossella (PDT). Outro deputado do PDT, Paulo Azeredo, pediu o afastamento imediato de Martini do governo. Em posição delicada ficou o relator da CPI, deputado Adilson Troca (PSDB), que ficou visivelmente constrangido durante a exibição das gravações. Não tinha muito o que dizer.
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