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quarta-feira, outubro 3

FANTASIANDO

Numa cidade muito próspera, localizada no Vale do Rio dos Sinos, mulheres e homens extremamente esforçados levantavam cedo todos os dias e seguiam para o seu trabalho, com o orgulho de terem um ofício capaz de dar sustento às suas famílias e de gerarem a riqueza da cidade em que viviam. A vida era muito complicada para aquelas pessoas, pois passavam o dia inteiro dentro das fábricas, recebiam baixos salários e, o pouco tempo que restava para o lazer, era usado com os afazeres domésticos e com os cuidados com os filhos.
Pois foi nesse contexto que o proprietário do jornal da cidade, Alaca, teve a grande idéia de criar uma espécie de monstro, inspirado pela obra do historiador Niccolò di Bernardo Machiavelli. Ele considerava que aquele era o momento ideal para apresentar aos cidadãos da cidade uma espécie de político, o "Demagogic monstru", mais conhecido como "trambiqueiro". E foi assim que Alaca começou a construir sua fantástica criaturinha. Escolheu um rapaz de seu convívio, que lhe era leal e deu-lhe a tarefa de entregar diariamente, de casa em casa, um exemplar do seu "tablóide de fofocas". Passado um tempo, bastante satisfeito com o desempenho do seu monstrinho, Alaca fez-lhe uma proposta: "Estás pronto para a próxima tarefa e sei que esta é tua ambição. Por isso, de hoje em diante, terás todo o apoio deste jornal para ser vereador da cidade. Tudo o que fizeres, por mais insignificante que seja o gesto, será fotografado e publicado no nosso jornal. Teu nome estará estampado nas manchetes diárias e teus feitos serão valorizados e engrandecidos. Serás conhecido por toda a população e, na próxima eleição, serás eleito com grande quantidade de votos. Basta aceitares ser meu aliado...".
O "monstrinho", babando de entusiasmo, não teve dúvidas e aceitou a proposta.
Em seguida, os jornais começaram a exibir manchetes fantásticas sobre os atos banais do "monstrinho", que rapidamente crescia e se tornava popular em toda a cidade, principalmente junto à classe média, que era a principal "receptora" das ideologias direitosas do tablóide diário de Alaca. As pessoas pagavam para ter a (des)informação que julgavam necessária, e Alaca e seu monstrinho ficavam cada vez mais vaidosos e ambiciosos.
Com o apoio de uma parcela da classe média, o monstrinho se elegeu vereador, sendo aclamado por muitos como "a grande renovação da política" e "um promissor administrador".
Mas o "monstrinho" tinha um defeito: ele não conseguia disfarçar sua prepotência e arrogância, herdadas de família. Não tardou para que começassem a surgir conflitos dentro do seu "próprio ninho", ou seja, junto aos seus correligionários... O monstrinho botou as unhas para fora e, em conluio com alguns colegas vereadores, conseguiu derrubar e tirar de cena o que ele e Alaca julgavam ser seu principal rival da cidade. Este rival despertava a inveja do monstrinho porque desenvolvia um bom trabalho na área ambiental, defendendo e trabalhando na revitalização da bacia do rio que cortava a cidade. Isso, realmente, era uma ameaça ao "brilho" do monstrinho.
Passados dois anos, o "Demagogic monstru" julgou que já estava preparado para alçar vôos mais altos. Alaca, o dono do jornal, continuava a apoiar o seu monstrinho e a dedicar-lhe espaços generosos nas páginas do tablóide. O monstro decidiu, então, lançar-se candidato a deputado. Propagandeava, aos quatro cantos e para quem quisesse ouvir, que era o responsável pela formação de uma associação de estudantes. Ele escondia que, na verdade, a associação era fruto do trabalho coletivo de diversos jovens que se reuniam, durante vários finais de semana seguidos, para acertar o estatuto e toda a papelada da nova entidade. Outro grande feito que o "Demagogic monstru" se orgulhava em alardear era o fato de sempre ter se posicionado contrário a tudo e a qualquer proposição vinda da oposição, podia ela ser boa ou fiscalizatória. O monstro sempre votava contra qualquer iniciativa apresentada pelos oponentes, independentemente de isso ser bom ou não para a cidade. E foi assim que o seu sonho de se tornar um grande deputado não se concretizou. O monstrinho não obteve votos suficientes para eleger-se. Alguns dizem que foi por falta de carisma. Outros dizem que foi sua prepotência e arrogância. Mas a verdade é que o "monstrinho" do Alaca não morreu. Ele continua vivo e seu corpo continua crescendo. Comentam, por aí, que ele anda "afiando suas garras".
O fato é que ele ficou conhecido como "o rei do oportunismo" e, até hoje, tem uma queda arrebatadora por jornalistas e máquinas fotográficas. A população da cidade está atenta e deve tomar cuidado, pois essa espécie de monstro sempre ressurge. Alaca, o "pai" do monstrinho, já demonstrou que não vai desistir, e insiste que nas veias do seu pupilo corre um sangue com instinto Bornhauseniano. Na verdade, o grande sonho de Alaca é acabar com um partido de oposição da cidade...
Você leu este texto até aqui e está fazendo analogias com certas pessoas? Não se preocupe. Isso é apenas uma fantasia e, antes que eu esqueça, "qualquer semelhança é mera coincidência".

11 comentários:

Anônimo disse...

Este é o caminho. Parabéns pela atitude, pela coragem e pela criatividade!!!

Anônimo disse...

Quem descobre o poder que a informação tem, pode acabar cometendo o pecado da "soberba", e pode realmente querer manipular o mundo ao seu favor, pintar o mundo do seu jeito, conforme a sua loucura. E tendo os meios certos, basta apenas ter lábia para fazer aderir asseclas dos mais variados calibres e níveis mentais ao seu clã. Realmente isso é perigoso. Então não esqueçam: procurem se informar de verdade, e não sigam as verdades de qualquer "Dr. Frankstein" que apareça por aí. Não o sigam somente por carência, cegueira ou apatia. Ainda bem que é só uma história, não é? Não é, gente?

Anônimo disse...

Bah Paulinho eu jurava que se tratava de alguém da cidade de Dois Irmãos... Más ai no final vc "desmentiu" kkkkkk...Conheço pessoas assim aqui em Dois Irmão...
Putz...Muito bem feito a crônica...Parabéns...Bjos

Anônimo disse...

Parabéns, muito bem construido o texto, engraçado muito semelhante à uma história real que aconteceu lá pelas bandas de Dois Irmãos...hehehehe
Abraço Paulinho...
De alguém que te admira muito...

Anônimo disse...

uahuhasudha



zuou muito. de boa. a verdade escancarada pra quem quiser saber. aquele merdão nao vai ser prefeito. nao vai mesmo.

Anônimo disse...

observador II

Mas o vocabulário de vocês petezada é de um nível, só vocês conseguem superar vocês mesmos.Vocês devem ter ficada horas na fila da baixaria, prá não perder nenhum restinho...

Agora tem que se reconhecer, este tipo de baixaria vocês são campeões. Isuperáveis. Imbatíveis.

Anônimo disse...

Não seriamos "insuperáveis"? Com N (ene)... Devia observar mais a grafia... E ter "ficada"?

Anônimo disse...

Conheço criador e criatura e é por aí, sim, que as coisas vêm acontecendo. Gostaria de lembrar ao Paulinho que essa mesma pessoa já tentou várias vezes criar outros monstrinhos e em outras vezes, adota alguns que já estão crescidinhos...

Anônimo disse...

Vai achar o que fazer, seu invejoso!

Anônimo disse...

Você é um perdedor! Não se elege nem pra síndico do teu prédio, se é que você tem casa, seu fracassado. Invejoso é pouco pra dizer o que tu é. Desclassificado, do PT do mensalão. Seu hipócrita.

Unknown disse...

Obrigado pelos seus elogios, vemos que não estamos lidando com qualquer pessoa normal e sim com alguém desequilibrado. Moro muito bem obrigado, uma casa simples, humilde como a residência da maioria da população de Dois Irmãos, não tenho nenhuma pretensão materialista, não meço as pessoas pelo que elas possuem e sim, pelo que são de fato, essa sua irá só me da mais motivação... Grande abraço senhor anônimo 'desequilibrado'.