
Mas isso foi lá em 2006. Hoje, Ferst está preso na carceragem da Polícia Federal. Motivo: investigações iniciadas em maio o identificaram como lobista e suposto proprietário de empresas laranjas que teriam sido subcontratadas ilegalmente pela Fatec, um fundação ligada à Universidade de Santa Maria que prestava serviços superfaturados ao Departamento Estadual de Trânsito nos governos Rigotto e Yeda. Os dois presidentes do Detran, Carlos Ubiratan dos Santos (governo Rigotto) e Flávio Vaz Netto (governo Yeda) e ainda o atual diretor financeiro da CEEE, Antônio Dorneu Maciel, também foram presos. Ferst, Ubiratan, Vaz Netto e Maciel seriam os primeiros peixes graúdos de uma quadrilha que, pelo que foi apurado pela Polícia Federal até agora, já teria roubado mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos.
Ontem, a Federal apresentou a primeira mala de dinheiro da corrupção que envolve o governo tucano do Rio Grande do Sul. Este seria o dinheiro que, conforme as investigações federais, partiria de empresas como a Pensant, cujos donos seriam laranjas de Ferst, e chegariam até os beneficiados - Maciel e Vaz Netto entre outros - em malas pretas levadas pelo contador Rubem Höer. O contador aceitou a delação premiada e confessou o transporte dos valores até o flat onde Maciel residia. Höer disse ainda que a entrega do dinheiro era feita na presença de Vaz Netto. Vendo que, a cada dia, seu governo afunda com novas denúncias e provas sobre seus parceiros de partido e governo, Yeda tenta, desesperadamente, desvincular-se deles. Os fatos, e agora as fotos, porém, dizem o contrário. Uma velha máxima afirma que “contra fatos, não há argumentos”. No caso do Detran, porém, a máxima merece ser ampliada: contra fatos e fotos, não há argumentos. Mas a tucana Yeda tem feito às vezes de avestruz e continua fingindo que nada tem a ver com o maior escândalo de corrupção da história do RS.
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