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sexta-feira, novembro 16

FRAGOROSA DERROTA DE YEDA CRUSIUS NA ASSEMBLÉIA DEVE MUDAR RUMO DO GOVERNO GAÚCHO

Noticiado no site Vide Versus: A fragorosa derrota sofrida pela governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), na tarde da última quarta-feira, quando 34 deputados estaduais soterraram os seus projetos de aumentos de impostos, destinados a combater o déficit das finanças públicas do Estado, deve promover uma grande virada de rumo no governo gaúcho. Os maiores partidos aliados do governo ajudaram a derrotar o “Plano de Recuperação do Estado”. A governadora chegou a dizer que a palavra para o papel da base na quarta poderia até ser chamado de traição.

O PP, que desenvolveu o papel mais ativo na derrubada do plano de Yeda Crusius, fará uma reunião de sua direção estadual na segunda-feira. Oito dos nove deputados estaduais do PP foram ao plenário e ajudaram a reprovar o aumento de impostos. Só esteve ausente o próprio presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes, que é do partido. Ele se ausentou da condução da sessão justamente para tentar tirar o quorum da sessão, que precisava de 28 deputados presentes para deliberar sobre as matérias na pauta. Atordoados com a atitude do partido, os seus secretários estaduais apresentaram o pedido de demissão para Yeda Crusius (Pedro Westphalen, da Ciência e Tecnologia, e Otomar Vivian, presidente do IPE). O secretário da Agricultura ficou quieto, não se manifestou. A secretária da Cultura, Mônica Leal, vereadora suplente do partido na Câmara Municipal de Porto Alegre, agarra-se ao cargo e deverá se desfiliar do PP. Outro que pode estar saindo do partido é Francisco Turra, ex-presidente do partido e atual diretor do BRDE. Ele se diz indignado com a postura da bancada do PP e "fazendo profundas reflexões" sobre seu futuro na sigla. Ou seja, está a caminho do PSDB, partido para o qual já foi convidado para entrar por Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Ele vai se reunir com Yeda Crusius na próxima semana para resolver o seu caminho. A reunião do diretório do PP tem tudo para se transformar em uma guerra. Uma parte do partido, os tradicionais e antigos, não suporta a direção que está sendo implantada pelo jovem atual presidente, deputado estadual Jerônimo Goergen. Em entrevista para o jornal Zero Hora, Antonio Dorneu Maciel, recém saído da carceragem da Polícia Federal, acusado de ser o cérebro da fraude contra o Detran, deu a entender que em torno dele gira um poderoso grupo do qual fazem parte o atual presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes; o deputado estadual Marco Peixoto (candidato a ocupar a próxima vaga a ser aberta no Tribunal de Contas do Estado); Celso Bernardi (atual secretário de Relações Institucionais do Estado, ex-presidente do partido), Otomar Vivian (presidente do IPE – Instituto de Previdência do Estado, ex-presidente da Assembléia); o deputado federal José Otávio Germano (a quem eram ligados todos os principais membros do esquema de fraude no Detran acusado pela Polícia Federal); e ainda o ex-governador Jair Soares. O PTB, que ocupa as secretarias estaduais de Administração (superiora hierárquica do Detran) e do Turismo, e que deu dois votos contra o pacote de Yeda Crusius, diz que está na hora de revisar a oportunidade de permanência do partido no governo, por meio do presidente do diretório municipal, vereador Elói Guimarães.

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